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E Pluribus Unum

E Pluribus Unum

30
Jul09

Série "Outside" (III)

André Couto

1. Começo pelas más notícias. Paulo Bento foi suspenso e estará ausente do banco do Sporting nas primeiras jornadas. Apito Verde. O Conselho de Disciplina decidiu intervir e afastar o técnico que este ano já levou o Sporting a uma gloriosa vitória sobre o Atlético do Cacém, entre outros sucessos como por exemplo... bem... como por exemplo todas aquelas derrotas ou empates que contam como tal.

2. Continuando em Paulo Bento, pudemos assistir ontem ao 11º penalty falhado pelo Sporting na sua era. Do mal o menos, desta feita o Sporting voltou aos tempos de sucesso em que jogava em casa para a Liga dos Campeões sofrendo menos de 4 golos. Um progresso que o futebol português saúda.

3. Por fim prossegue a saga dos jogadores que Porto vendeu para França. Lisandro foi para o estaleiro seis semanas e ontem foi a vez de Lucho.

24
Jul09

O choro dos mariquinhas (II)

Miguel Pimentel

Perante isto não me ocorre nada mais eloquente do que dizer que a choradeira, a pieguice, a mariquice, enfim o drama, o horror continuam por bandas de Alvalade...

Agora foi a emissão de um comunicado ridículo que me fez bisar, com tão poucas horas de diferença, sobre o mesmo tema. Ora vejamos:

Segundo o Sporting "branquearam-se situações graves como, por exemplo, a da posse de bilhetes por parte da claque 'No name boys' que é uma organização de adeptos não legalizada e o objectivo confessado pelos membros da referida claque às autoridades policiais de que se haviam deslocado à Academia apenas para 'acabar com o jogo'."

 

Pergunta-se:

1) Sendo uma claque não legalizada como é que podem asseverar que os adeptos que se identificaram como sendo dos No Name Boys são mesmo dos No Name Boys?

2) O que é que era suposto? Entrarem no recinto de alcochete sem pagar bilhete?

3) Não pode a frase "viemos para acabar com o jogo" ser interpretada de diversas maneiras alternativas, por exemplo, viemos para apoiar a nossa equipa e assim acabar com o jogo e ir para casa festejar a conquista do campeonato de juniores?

4) Ainda que assim não fosse que ilação pode o Direito Desportivo tirar das declarações de algumas pessoas expressando a vontade de acabar com um jogo de futebol?

5) Se os adeptos benfiquistas estavam a fazer desacatos o que é que o sporting fez para o impedir? Foi Incompetência, ou, afinal, o que queriam era mesmo acabar com o jogo para poderem chorar um bocadinho?

 

Por fim, peço-vos o favor de olharem 1 minuto para esta fotografia:

 

 

Agora:

1) Admitindo que os adeptos de verde são do sporting?

2) Admitindo que os polícias não são dos No Name Boys (até porque os No Name ao que parece tinham bilhetes e os polícias, acho, estavam ali em trabalho);

3) Admitindo que a presença de tantos individuos vestidos de amarelo canário é um incidente e não significa que o Paços de Ferreira tenha provocado a invasão;

 

Quantos adeptos do Benfica se contam na imagem?

Pois é... é fazer as contas... 

 

PS: Mais a sério, só posso aplaudir a decisão da Direcção do Sport Lisboa e Benfica de recorrer deste acórdão caso entenda que o mesmo aplica mal os regulamentos e demais legislação desportiva aplicável.

23
Jul09

O choro dos mariquinhas

Miguel Pimentel

É sempre a mesma conversa. Para os lados de Alvalade, sempre que alguma decisão administrativa desagrada a marqueses, marquesas, condes, condessas, viscondes, viscondessas, pajens, bobos e demais realeza e vassalagem, “aqui d’El rei que nos estão a prejudicar”.

Tal como José Eduardo Bettencourt, ainda não li o acórdão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Por isso limito-me a falar de bom senso. Eis os factos.
 A agremiação “A” recebe o clube “B” em jogo decisivo para a atribuição de um título de juniores. De acordo com o percurso realizado até então a agremiação “A” só poderá ser campeã se vencer a partida, enquanto o clube “B” sairá vencedor em caso de empate ou vitória sobre a agremiação “A” nesse mesmo jogo.
 A agremiação “A” organiza o jogo em recinto secundário. O clube “B” manifesta discordância face à escolha de recinto uma vez que, em seu entender, o local escolhido não oferece condições de segurança adequadas para a realização da partida. A agremiação “A” discorda e o jogo realiza-se mesmo em recinto secundário. As autoridades desportivas responsáveis, bem como as forças de segurança são coniventes com a decisão da agremiação “A”.
Quer a agremiação “A” quer o clube “B” têm adeptos. Adeptos esses que comparecem no dito recinto secundário. É sabido que o clube “B” tem muito mais adeptos que a agremiação “A”. É a vida… O jogo começa e ainda há adeptos do clube “B” (tantos…) a querer entrar. As forças de segurança perdem o controlo da situação e acontecem desacatos que levam à invasão do recinto secundário por adeptos quer da agremiação “A” quer do clube “B”. De tal modo assim foi que o presidente da agremiação “A” entrou em campo (participando da invasão) para sossegar os adeptos da agremiação "A". O jogo é interrompido, e posteriormente adiado sine die.
 Há regulamentos. Regulamentos que prevêem sanções várias, quer desportivas quer pecuniárias. Falemos das primeiras. O que fazer?
1)      Penalizar o clube “B”, que anteviu a situação, alertou as autoridades para a mesma e ainda apelou aos senhores viscondes que transferissem o local do jogo para outro local com mais condições que o recinto secundário?
2)      Penalizar a agremiação “A” por ter insistido na organização de um jogo de alto risco em campo secundário e não ter sido capaz de assumir essa responsabilidade o que levou a que os adeptos, demasiados, se envolvessem em lamentáveis cenas de pancadaria (que não ilustram nem o clube "B" nem a agremiação "A" que evoluíam em campo, mas que, diga-se, eram de prever)? 
3)      Salomonicamente penalizar quer a agremiação “A” quer o clube “B”, sabendo que em consequência dessa opção a classificação não sofrerá alterações?
4)    3) só é opção se com isso o FC. Porto for campeão.
5)     Em qualquer caso, repreender (pelo menos) os responsáveis da entidade supervisora do desporto no país onde tudo isto se passou pelo facto de terem sido coniventes na irresponsabilidade apenas assacável à agremiação “A” por ter decidido organizar o jogo onde não devia, nisso partilhando idênticas responsabilidades.
 
Cada um, com base no respectivo bom senso, se o tiver, que responda por si às perguntas enunciadas supra.
 
Por mim limito-me a dizer:
a)     Parabéns aos juniores do Benfica pelo título de campeões nacionais (espero uma estrondosa ovação no primeiro jogo oficial no Estádio da Luz);
b)      Se fosse jornalista a minha manchete seria: “Organizou jogo de risco no pátio do jardim-escola e ainda chorou por cima"

 

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